quarta-feira, 3 de abril de 2013

131 anos de Aquidabã


No ano de 1872, pela Resolução de nº 93 de 11 de abril, a povoação deixava de ser eclesiasticamente dependente de Santo Antônio do Propriá e passava a ser elevada à categoria de Freguesia com o nome de Sant’Ana do Aquidaban.

Por que o nome Aquidabã?
De 1865 a 1870 o Brasil esteve em guerra com o país vizinho, Paraguai, foi um período de
grande aflição para os brasileiros que acompanharam este triste episódio, pois de todos os cantos do país, homens foram recrutados para a guerra, e todos rezavam para que este conflito chegasse ao fim. A guerra terminou no dia 1º de março de 1870, quando o presidente do Paraguai Francisco Solano López foi morto por soldados brasileiros, neste momento o então presidente estava sentado à beira do Riacho Aquidaban. Com isso, os moradores da povoação de Sant’Ana do Cemitério, acharam por bem homenagear o Brasil colocando o nome Aquidaban a esta localidade, já que foi no riacho com esse nome que os brasileiros conquistaram a tão esperada
“vitória”.Aquidabã é uma palavra de origem indígena e significa “terra entre águas, rios, lagos, pantanal”.O nome do bairro Paraguaitem uma ligação também com essa guerra, pois segundo alguns, esse nome surgiu quando moradores da redondeza, ou melhor, do lugar onde se encontra o centro da cidade e o bairro Baixinha, que na época era conhecido como Malaca, despeitados com os primeiros moradores daquele bairro, diziam ironicamente que ali não era Brasil e sim o Paraguai. Era uma forma de hostilizá-los
chamando o bairro pelo nome de “Nação Inimiga”. Graças a Deus que essa despeita acabou e hoje todos vivem na mais perfeita harmonia.Em 16 de abril de 1877, foi criada uma lei que regulamentava a feira, designando o dia e o local. A feira começava em frente à capela onde hoje está edificada a Matriz de Senhora Sant’Ana, e seguia em direção Sul, terminando mais ou menos onde funcionava o Cine-Teatro São José e o dia permanece até hoje, às segundas-feiras.

No dia 04 de abril de 1882, pela Lei nº 1215 o distrito é elevado à categoria de Vila com
a mesma denominação, seu território é desmembrado de Propriá, ou seja, Aquidabã consegue a tão sonhada emancipaçãoe passa a ter o seu próprio governo, que na época era representado pela Câmara Municipal. Porém, por ocasião da Proclamação da República em 1889, a Câmara Municipal, não aderiu à mudança política da época, ficando a favor dos imperiais e, assim, por ato do Governo Estadual, decretou-se a sua intervenção, nomeando um conselho composto pelos cidadãos: Antônio
Inácio de Morais, Raimundo Ezequiel e Henrique Amaral Vieira dos Santos Maia.
Já no fim do século XIX, criou-se a Intendência –como era chamada a Prefeitura na
época, tendo sido empossado Francisco Xavier Figueiredo como o 1º Administrador
Municipal, após nomeação pelo Governo do Estado de Sergipe, ficando no poder até 1899.
Em 08 de outubro de 1938, no Governo Estadual de Eronides de Carvalho, Aquidabã
deixa de ser Vila e passa à categoria de Cidade. Acelino José da Costa toma posse como o
primeiro prefeito eleito de Aquidabã. Os nascidos em Aquidabã são: aquidabãenses ou aquidabanenses.


Filhos Ilustres
Os filhos ilustres são todos aqueles que trabalharam ou que trabalham para o progresso de Aquidabã, mas se tratando daqueles que se destacaram parao Estado e Brasil, podemos citar
alguns: Evando dos Santos–criador da maior biblioteca comunitária do país, localizada na
Vila da Penha, Rio de Janeiro. Para saber mais pesquise na internet com o nome“Biblioteca
Comunitária Tobias Barreto de Menezes”;Aderbal de Figueiredo –Médico, escritor, além da tese para receber o grau de doutorado, publicou outros trabalhos literários; Milton Pereira de Azevedo –Como capitão governou Sergipe no ano de 1941 e parte de 1942, na qualidade de interventor federal; Acelino Pedro Guimarães –Contador, advogado, poeta, historiador e escritor. Foi professor de Direito Civil nas Faculdades Integradas Tiradentes e Membro de Apoio da Academia Sergipana de Letras. Publicou mais de 20 livros e uma Gramática da Língua Portuguesa. Lauro Rocha de Lima –Professor, escritor, jornalista, advogado e membro do MAC da Academia Sergipana de Letras, é autor dos hinos dos municípios de Aquidabã, Canhoba e Graccho Cardoso;Maestro José Alves do Carmo –Conhecido e respeitado por músicos de renome nacional nas décadas de 60 e 70, foi regente de orquestra em Salvador. Chegou a escrever e
executar várias dobradas em homenagem a personalidades conhecidas da época;
José Augusto
(1936-1981), foi um dos primeiros cantores profissionais de Sergipe,reconhecido nacionalmente como o “Cantor Galã”. Ele gravou 23 discos –5 compactos e 18
LP’s, sem falar das coletâneas do tipo “As 14 mais”. Foram 263 músicas gravadas,
aproximadamente 80 são composições próprias. Suas músicas foram gravadas em Castelhano a fim de atender ao público da Bolívia, Uruguai, Argentina e Espanha.E outros.
(*)O autor é licenciado em Estudos Sociais pela Faculdade de Formação de Professores de
Penedo/AL. Professor de História em Aquidabã/SE, atuando na rede pública estadual e municipal de ensino e Sócio Benemérito da ABLC (Academia Brasileira de Literatura de Cordel ).

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